sexta-feira, 13 de junho de 2008

Aditivos Químicos x Alimentos Orgânicos

Natural é o sorvete que não é todo artificial, que contém uma parcela de fruta ou de sua polpa industrializada. Mas esses alimentos contêm aditivos químicos para dá mais sabor, mais cor, e reforça o aroma colocado insuficientemente.

Bom, não é do efeito dos aditivos químicos sobre esse tipo de alimentos naturais que falaremos aqui. Vamos falar da ação dessas substâncias químicas em alimentos orgânicos, que são alimentos verdadeiramente naturais.

Alimentos orgânicos têm forte apelo pela natureza. Seus produtores não destroem nascentes de água, não queimam matas, reflorestam áreas desmatadas, etc. Isso e o fato de eles se relacionarem com a qualidade de vida, ajudam a aumentar o interesse das pessoas a consumir esse tipo de produto.

Eles com certeza são melhores para a nossa saúde, mas nem esses alimentos ditos naturais estão livres de aditivos químicos.

O emprego de produtos tóxicos para aumentar a produtividade não é nenhuma novidade. Isto vem acontecendo desde os tempos antes de Cristo. Porém, aditivos industriais só começaram a ser utilizados após a segunda Guerra Mundial.
A maioria dos especialistas afirma que a aplicação controlada de fertilizantes, e outros produtos químicos não causam danos à saúde. Não existem pesquisas científicas conclusivas que atestem que a ingestão dessas sustâncias em pequenas doses através de alimentos, cause males à saúde.
O que realmente preocupa esses especialistas é o mau uso dessas sustâncias. O uso abusivo desses produtos por parte dos produtores pode causar efeitos crônicos a longo prazo, como determinados tipos de câncer, diminuição do número de espermatozóides, e podem até afetar fetos, causando sua má formação.
O Brasil está incluído num relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como um país onde há exagero no uso de agrotóxicos. Análises feitas com o objetivo de medir a quantidade de defensivos agrícolas em vegetais, mostraram que os alimentos recordistas em resíduos são o morango e o tomate. Além disso, verificou-se o uso indevido de pesticidas em culturas para as quais o produto não foi autorizado.
Na agricultura orgânica, essas substâncias químicas não são utilizadas. Os produtores geralmente usam estrume esterilizado, farinha de peixe, de osso, humus de minhoca, adubo composto (produzido através de lixo orgânico), entre outros, em vez de utilizar fertilizantes artificiais. Para controlar pragas e insetos, os agricultores lançam mão da utilização de insetos predadores, microorganismos e plantas que podem arrasar pulgões, lagartas e moscas que atacam as plantações. Joaninhas, por exemplo, são inimigas dos pulgões.

Vantagens e desvantagens dos alimentos orgânicos

- Hoje já é possível encontrar alimentos orgânicos em supermercados (Antigamente não se encontrava esses produtos nesses lugares).

- Há grande diversidade deles. Desde o arroz e o feijão, até frangos e ovos que não contém nenhum tipo de hormônio.

- Além de não terem agrotóxicos, os alimentos orgânicos tendem a ser mais saborosos que os tradicionais.

- Pesquisas tentam provar que os produtos livres de agrotóxicos são também mais nutritivos que os convencionais. Não vai ser surpresa nenhuma se isso realmente for comprovado.

- A genética da planta, o clima, a irrigação e a época da colheita têm um impacto maior no conteúdo nutricional do que o tipo de fertilizante usado, natural ou artificial. Apesar disso, estudos mostram que cenouras cultivadas sem agrotóxicos têm maior durabilidade e apresentam maiores teores de vitamina A e betacaroteno (um antioxidante que inibe radicais livres previnindo o envelhecimento, entre outras coisas).

- A aparência e o custo são as principais “desvantagens”. Por serem cultivados naturalmente, esses alimentos tendem a ser menores e ao mesmo tempo, alguns também podem apresentar manchas na casca devido aos ataques de insetos. A cor pode não ser uniforme e tão intensa quanto a alcançada através da utilização de corantes ou ceras (o que é feito em alimentos convencionais). Por isso, toda vez que você observar frutas e hortaliças perfeitas, brilhantes e sem manchas, deixe-a de lado, pode ter certeza que contém agrotóxicos.
Já os preços, são tidos como empecilho para a população consumir esses alimentos, estes são mais altos do que os preços dos alimentos convencionais. Mas muitas pessoas pagariam até 30% a mais para consumir produtos sem aditivos químicos. O preço só irá diminuir quando a produção e o consumo aumentar.

Exemplos de alimentos orgânicos:

Arroz, feijão, frutas, hortaliças, erva-mate, castanha de caju, guaraná, até chocolate, vinhos e carnes, frangos e ovos que não contém nenhum tipo de hormônio.

Atenção: Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas de seis em seis meses. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.

Referências bibliográficas:
http://portalsaofrancisco.com.br/alfa/aditivos-quimicos/index-aditivos-quimicos.php

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/aditivos-quimicos/alimentos-organicos-e-convencionais.php

http://www.planetaorganico.com.br/daroltqualid.htm